20 fevereiro, 2012

parte dois


Acordei com a Ariel latindo, eram as crianças gritando lá em baixo, ela ficava nervosa, odiava crianças, acordei e olhei pra ela com cara de sono, puxei a coleira dela pra perto de mim, dei um beijo e fiquei fazendo carinho olhando pra ela.
-Você é minha boneca bebe! Que tal a gente sair pra dar uma corrida e se sujar bastante e depois te dar um banho e te deixar linda e cheirosa? - Falei segurando o rosto dela e dando um beijo naquele fuço gelado dela. Ela soltava a língua pra fora e balança a calda, entendendo o que eu estava falando. Ela era vira-lata, toda preta e peluda, tinha algumas manchas brancas pelo corpo, eu adotei, tadinha, sofrei maus tratos, enfim, nem quis saber da historia dela. Falaram que é muito triste, só sei que dei um novo começo pra ela, começo feliz. Peguei aquela cadela gigante no colo e fiquei beijando. 
-Vamos morder aquelas crianças! - Falei rindo. Fui lavar o rosto para acordar melhor, coloquei um shorts de corrida, e uma regata justa que não fique levantando, coloquei meu tênis, amarrei o cabelo bem alto e peguei a coleira da Ariel. Coloquei a coleira dela e sai de casa, ela quis correr pelas escadas, mas tive que segurar com força, as necessidades dela estavam na escada, era melhor eu sair logo antes que viessem me atormentar. Abrindo a porta do meu bloco, vi algumas crianças ruivas e o Rupert a olhando, passei pela frente dele andando e tentando parece normal, e foi bem na hora que passei um mico na frente dele. Ariel saiu com todo sua força para correr atrás de um borboleta, meu corpo pegou um impulso, tropecei duas vezes até cair e machucar meu pulso.
-FILHA DA PUTA! - Levantei com o joelho machucado e fui correndo atrás dela. -ARIEL VOLTE AQUI! - Gritava correndo ziguezagueando, ela me deu um olé feio. Ela não parava de correr daquela maldita borboleta. -ARIEEEEEEEEEEEEEEEEEL! - Resmungava, vi Rupert tirando uma ração de gato do bolso e jogando pra ela. Ela parou para comer e eu aproveitei para segurar a coleira, só que agora com a mão esquerda, pois tinha machucado com o impulso que ela tomou. 
-Que olé você levou - Ele falou cocegado.
-Ah cala a boca, ela é muito... Rápida?! - Falei ofegando rápido.  -Obrigada - A puxei. 
-Indo caminhar? - Rupert me alcançou. 
-Sim, porque? - 
-Vou junto, não quero ficar cuidando desses pirralhos! - Rupert colocou a mão no bolso e saiu andando comigo.
-Sorte desses pirralhos que a Ariel não viu eles, se não ela os comia - Falei dando uma risada safada.
-Eu deixava - Rupert soltou um riso de deboche. Abri o portão com a chave, a puxei com força e encostando no meu bumbum e deixando a Ariel passar, Rupert segurou com gentileza e fechou. -Não conheço muito bem a cidade - 
-Mostro - Falei olhando a Ariel, estragaram nosso passeio dude. Ficamos andando e parando para a Ariel fazer cocô e xixi. Fomos longe, quase pra metade da cidade, chegamos em uma parte que fiquei com medo. -Nunca vim pra cá - Falei parando. 
-Relaxa - Ele continuou andando.
-Relaxa você nem conhece a cidade - Falei brava.
-Só fica de boa - Ele falou parando e me olhando. Fomos andando por um lugar muito estranho, tinha muito mato e casinhas pequenas e feias, pessoas usando drogas, gritos.
-To com medo - Falei segurando o braço dele, a Ariel não mostrou confiança, fiquei com pavor disso tudo, teve uma hora que a Ariel me olhou feio e eu fiz uma carinha de não sei o que fazer pra ela. Passamos por esse lugar e logo saímos numa avenida muito movimentada, Ariel tem medo de carros então resolvi voltar. -Vamos ir correndo? - Falei começando a dar uma corredinha.
-Ta com medo? - Rupert arqueou a sombrancelha.
-Não, você estragou todos nossos planos - E comecei a correr, ele que se dane, deixamos o pra trás. Corri e fui para uma praça que sempre levam os cachorros. Tava cheio de cachorros, Ariel era muito briguenta com os machos e muito puxa saco dos pequenininhos. Meigo. Ficamos andando pela pracinha, ela roubou a bolinha de um pitbull, e detonou, ainda bem que o dono não viu, não queria pagar outra. Ela ja estava bem suja de terra, ela ama fica se esfregando na grama. Eu estava de baixo de uma arvore fazendo carinho na barriga da Ariel, só focada nela, se esfregando na grama. Não percebi que não estava tão dia quanto antes, começou a escurecer rapidamente o céu, e caiu um raio. 
-Ah não - Falei olhando pra cima. -Melhor a gente ir - Falei me levantando e dando batidinhas na minha bunda para limpar, fui andando rápido e ela queria cheirar tudo. Começou a cair pingos de chuva e ferrou. Começou a chover e a gente não estava nem na metade do caminho, começamos a correr, meu tênis novinho estava cheio de lama, Ariel não estava mais preta, estavam marron, suja de lama. Chegamos em casa na hora que a chuva engrossou, estava gelada. Cheguei pingando dentro do apartamento, as necessidades da Ariel não estavam mais ali, mas as patinhas agora estavam. Subimos e nos limpamos no tapete do vizinho, esqueci que era o tapete da casa do Rupert. Cheguei sujando tudo até o banheiro, tirei meu tênis e minha camiseta, coloquei Ariel dentro da banheira e tirei a maioria da lama, não iria encher pra ela, ela faz muita bagunça, parece uma criança. Dei um banho caprichado nela, fui colocar agua e mais ração nos pratinhos dela, arrumei a caminha dela e fui tomar meu banho quente. Sai com a pele saindo fumaça. Terminei o banho e fui limpar tudo aquilo que sujei, até fora do meu apartamento, porque se não iriam encher muito o saco. Puis minha roupa pra lavar, e estava morta, tudo isso que eu fiz já era 19:20. Sentei no sofá e cochilei, deixando meu alarme despertar daqui uma hora. Ariel estava no quinto sono enquanto isso.

19 fevereiro, 2012

m

make you feel my love

parte um

 Aquele cheirinho de café delicioso de manhã pela casa inteira me abriu o apetite, mas eu estava muito cansada, tinha passado a madrugada toda no computador e minha bunda doía, levei rapidamente só para puxar a cortina, e voltei a dormir logo que abracei meu travesseiro. Minha cadela Ariel começou a latir e a tira minha coberta, eu a empurrei e sabia que a coitada queria mijar, então me levantei e ela foi correndo pra porta, que desespero. Foi só eu abrir a porta que ela desceu as escadas correndo, e eu ouvi um barulhão.
-AI MEU DEUS, ARIEL? - Corri também desesperada, olhei uma guria metida, bonita sabe? Mas odiei por se mesquinha e estar xingando minha bebê, atrás tinha um garoto fazendo carinho e segurando a coleira da Ariel.
-An, desculpa - Falei sem graça. 
-Suas desculpas não vão trazer as azeitonas, nuttela, e essas coisa - Ela me encarou, fiquei corada. E ela subiu as escadas.
-Desculpe por ela, sabe, irmãs são chatas - Ele deu um risinho e eu hipnotizei, era lindo, ruivo, olhos verdes, uma boca grossa, nariz perfeito, rosto lindo. -Ah eu sou Rupert, Rupert Grint, prazer - E deu um sorriso, e deu um beijo em mim. 
-Ah eu sou Paola, moro no 12 - Falei sorrindo já dando informações demais.
-Eu no 10, na frente - Ele deu um sorriso.
-Nunca te vi! - Falei incredula. 
-Nos mudamos ontem - Logo subiram um casal, um homem de cabelos grisalhos pançudo e uma mulher gordinha de cabelo curto e loiros. 
-Olá - O casal me cumprimentou e olharam para o Rupert.
-Cadê sua irmã? - A mulher falou.
-Foi toda emburrada para dentro de casa - Ele falou fazendo gestos engraçados. -Ah, Paola, esses são meus pais Jo e Nigel 
- Prazer - Falaram juntos e subiram na frente.
- Vou indo agora, tchau! - Ele falou subindo e eu acenei, a Ariel tinha acabado de mijar nas escadas.
-A-ariel! - Falei baixinho. -Vamos antes que vejam isso - Subimos correndo. Minha mãe tinha deixado comida pra mim no forno, arroz, feijão e omelete. Mas antes fui preparar a comida da Ariel, sentei na mesma e comi assistindo tv. Era uma tarde bem tediante, ouvi gente discutindo lá fora e fui ver pela janela, era o Rupert e sua irmã, suspirei e fui deitar para ver mais tv e acabei adormecendo.

18 fevereiro, 2012


“‎Em algum ponto você vai ter que decidir. Fronteiras não mantém as pessoas do lado de fora, elas te trancam do lado de dentro. A vida é uma bagunça, é assim que somos feitos. Então você pode desperdiçar a sua vida desenhando linhas, ou você pode viver atravessando elas. Mas algumas linhas são muito perigosas de atravessar, então aqui vai o que eu sei: Se você estiver disposto a correr o risco, a vista do outro lado é espetacular.”

—Grey’s Anatomy

“Os ventos, que as vezes tiram algo que amamos, são os mesmos que trazem algo que aprendemos a amar. Por isso não devemos chorar pelo que nos foi tirado e sim, aprender a amar o que nos foi dado. Pois tudo aquilo que é realmente nosso nunca se vai para sempre.”—Bob Marley

“Não existe nada de completamente errado no mundo, mesmo um relógio parado, consegue estar certo duas vezes por dia.”—Paulo Coelho

“Eu amo minha família mesmo com a gritaria e todo mundo tirando sarro da minha cara”Katy Perry


“Se você quiser alguém em quem confiar…confie em si mesmo.”—Renato Russo